UMA DAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO, A ILUMINAR O PASSADO

UMA DAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO, A ILUMINAR O PASSADO

Amigos do blog, nas últimas horas, a ‘brigada’ zulianista esteve a postos, mandando comentários a este blog, com foco naquilo que postei aqui na semana passada, perguntando – apenas perguntando, porque perguntar não ofende – sobre as razões do medo que o atual Governo Municipal parece nutrir em relação ao ex-prefeito Carneiro. E eu disse, também, que acho desnecessário, para que niguém venha dizer que estou aqui ou onde quer que seja, defendendo o ex-prefeito, porque só com muita imaginação, é possivel fazer tal ilação. E fica caracterizado este medo, com as manifestações postadas. Os zulianistas se ‘coçaram’. Como o leitor que se assinou Márcio, endereço marcio@ig.com.br, IP 200.158.36.54, que disse que fazer comparação é normal, que isso não significa ter medo do Governo anterior. “Pra mim não tem nada a ver, isso é ridículo e é coisa de quem tem medo da verdade, de quem tem medo de ver que as coisas vem dando certo, que a cidade está melhorando”, disse o Márcio. “As comparações são normais, para termos um parâmetro de que as coisas estão melhorando”, complementa.

EU, DEPRESSIVO
Depois, este mesmo ‘missivista’ constata: “Se fosse assim, como você aqui neste blog, você não pára de citar o atual prefeito, quer dizer então que você tem medo dele ser bom. Pra mim, aqui você só está admitindo que ele vem dando certo”. O zulianista ainda resvala em seu comentário em questões de ordem emocional e psicológica, relacionada a este blogueiro. Leiam: “Orlando, pra mim você fez um discurso muito depressivo, dizendo que te tiraram da Difusora não por sua vontade. E não vem com essa de que te censuraram, pois você odeia o Bode (?) e é obrigado a falar bem dele, se não falar bem, pelo menos deixar de falar mal (isso não é censura?). Enfim, você é pago pra criticar o atual prefeito, e falar bem do antigo prefeito e de alguns vereadores que não deve ser fácil engolir. Uma questão de sobrevivência”.

VAMOS LÁ
O problema, meu caro Márcio, é que o atual Governo não faz simples comparações. De uns tempos para cá ele colocou todo seu esquadrão para atacar de forma desesperada, o Governo passado. Não falo de meras comparações, falo de ataques. Foi disso que falei. A tática da desconstrução da imagem, do homem público, do político. Com que finalidade? Se o ex é tão ruim como dizem, e se este atual Governo é tão bom como dizem, porque simplesmente não esquecer o passado? Foi esse o tom do meu texto. Se você não entendeu, leia de novo. E para ter um parâmetro de que as coisas estão melhorando, é preciso fazer comparações? Trata-se de uma nova metodologia político-administrativa? Mostre o que o outro deixou de fazer para aparecer o que eu fiz? Para quem se pretende moderno, esta tática de currutela tem que ser banida.

SOBREVIVER
É PRECIOSO
O bom homem chamado Márcio, depois, faz outra constatação: a de que eu falo demais no prefeito Geninho porque eu teria medo dele ser bom. Pelo contrário, meu caro Márcio, eu tenho medo é dele ser ruim. E tenho minhas razões para tanto. Quanto a “admitir” que ele vem dando certo, é você quem está dizendo. E quanto ao discurso depressivo? Por que eu deveria ficar todo saltitante quando me refiro a um ataque criminoso contra a liberdade de opinião, idéias e expressão? Isso não é ser depressivo, é temer por todos os cidadãos que nesta cidade buscam exercer seu direito constitucional à liberdade de expressão, opinião e pensamento. Talvez resida aí, sim, um pouco do tom depressivo a que você alude. Ver desrespeitados os mais básicos direitos do cidadão, deprime. Ou não?

PORQUE TIRARAM
No caso da Difusora, me tiraram do ar porque eu não quis apoiar, incondicionalmente, a candidatura Geninho Zuliani (DEM), como aquela emissora fez. O seu dono queria fazer uma “venda de porteira fechada”. E não, não me censuraram. Me mandaram embora! O que chega a ser bem pior. Uma atitude cruel contra qualquer trabalhador. Não interessa seu histórico de vida, interessa o político que vai atender os interesses pessoais de quem o apoia. No caso do ‘Bode”, que vou entender como uma referência ao ex-prefeito Carneiro, quando eu o criticava, criticava o prefeito, o ente político, e não a pessoa. O que vocês, zulianistas, não estão conseguindo atinar, é para a necessidade de separar o homem do político. No caso do ex-prefeito, o político não existe mais, a não ser na concepção aristotélica do termo. E falar bem dele em relação a que, se ele é apenas médico, hoje. E como profissional médico, acho que não há que falar mal. Ou há? E você me cobra o fato de “deixar de falar mal” dele. Vou falar mal da pessoa? do cidadão? Com que intuito? Por fim, Márcio, eu sou pago para trabalhar enquanto radialista e repórter-redator de um jornal. Falar mal ou falar bem de um governo, depende apenas do que este Governo faz de bom ou de ruim. Quanto aos vereadores que você diz “não serem fáceis de engolir”, eu deixo uma pergunta: por quê?

DIAPASÃO
Outra leitora, que assina Marina Garcez, endereço marina_cez45@gmail.com, IP 201.54.4.42, vai mais ou menos na mesma direção. Começa dizendo que ao ler meu blog pela primeira vez, não viu “nada de novo”, exceto o meu temor “de que Geninho dê certo”. Ao que respondo da mesma forma que respondi ao Márcio. Marina, meu temor é o de que Geninho não dê certo. Ela diz que não vejo “nada de bom” nesta Administração, com o que concordo. Como preofissional de imprensa, tenho que me ater não ao que está aí, a olhos vistos. Tenho que me ater àquilo que não é do conhecimento público para, então, poder informar o que acontece longe dos olhos do cidadão pagador de impostos. E, neste âmbito, cara Marina, de fato não tenho visto nada de bom, infelizmente.

PROFISSÃO: FINGIDOR
E mais: Eu não finjo ser crítico. Eu sou crítico. Numa medida em que até você se sentiu tocada a defender o prefeito. E não finjo ser “jornalista imparcial”, até porque, e sempre digo isso aqui, não acredito na imparcialidade do jornalismo, muito menos na do jornalista. Sou um crítico também de quem se posta desta maneira. Cada um tem o seu interesse. E em Olímpia, acho, sou o único a admitir isso de público. E se de fato você – como os “olimpienses mais antigos” – conhece “a todos”, como diz, então sabe que estou fora desta panela. Quanto aos jornais locais, aconselho que leia sim, todos eles. Ou pelo menos os guarde, para saber mais adiante qual deles estava melhor focado no Governo Municipal de turno.

MESMAS FALAS
“De formação antropológica, e com base neste ‘conhecimento’ que temos de quem é quem nesta cidade que fervilha fofoca, inveja e muito pouco profissionalismo da mídia, vejo que, se há temor eleitoral do lado de lá, há a ressaca eleitoral com uma tremenda inveja do lado daí de onde você está”, continua a leitora-estreante do blog, Marina Garcez. Este discurso eu conheço desde a campanha eleitoral. E que não foi mudado nem agora, quando já se vai o primeiro ano de administração. Parece um mantra, uma cartilha, pela qual todos devem ‘rezar’. Em seguida ela toca também na questão da Difusora, mas pelo menos fala sob a luz da razão. Principalmente quando lembra que “o senhor que a dirige não inspira sequer confiança e poderá dar dores de cabeça enormes para quem não enxerga o óbvio”. E muita gente, saiba Marina, enxergando o óbvio ou não, já começou a tomar neosaldina.

MATRIX-ID
Mais adiante, diz Marina Garcez que, se fui injustiçado (na emissora) deveria, pelo menos, “ser menos ácido, menos rancoroso, e partir para uma linha mais perto da realidade”. Posso lhe garantir, Marina, que não há nesta cidade quem esteja mais perto da realidade deste Governo do que eu, sem falsa modéstia. Você diz que a cidade “cresceu muito”, e eu gostaria de saber: como se operou este milagre, em apenas um ano? Se você se refere aos recapeamentos, às obras anunciadas, às obras em andamento e à correria do alcaide, verá que neste blog nunca desmereci nenhuma delas. Mas, obras são ‘lição de casa’ de qualquer governante. Não vejo obras, por si só, como sinal de crescimento, vejo como sinal de que alguém que está na cadeira de prefeito, está cumprindo com sua obrigação.

A LUZ
Se ele faz isso com decência, transparência, honestidade, respeito ao dinheiro público, sem favorecimentos, sem o terço costumeiro, é político de caráter e honrado, este prefeito, então, é um bom cumpridor de suas obrigações. Ao contrário, se ele faz, mas não joga luz no “como faz”, então este prefeito é ruim. E vai ser sempre ruim, para quem não avalia uma administração pelo que ela mostra, pelo que ela evidencia, propagandeia. Enfim, pelo barulho que faz. Marina fala em “ressaca eleitoral” de “vocês, carneiristas” (mais uma vez o ‘fantasma’ assombrando). Na verdade, Marina, de minha parte, pelo menos, temo uma eventual “ressaca” administrativa. Depois, Marina pede para que eu deixe “as mágoas de lado”, e que se não tivesse sido injustiçado, “estaria hoje ao lado daquela que os chama de peçonhentos, ainda criticando Pedro Diniz, Carneiro, Reale, Dr. Pituca”. Acho que você, Marina, embora de “formação antropológica”, não entendeu o homem Orlando Costa. É uma pena. Abraços pra você também.