Pois é, amigos do blog, esta semana terminou com altas promessas de muito barulho nesta que começa agora. Mas, creiam, não será em torno do 45º Festival do Folclore que ele se dará.

No tocante ao Fefol, é bom que se diga, a apatia é total, faltando apenas 21 dias para o evento maior da cidade (embora as controvérsia tenham ganhado corpo, neste Governo).

Onde está todo aquele ‘gás’ do prefeito Geninho Zuliani despendido na organização da festa do peão? Na busca por recursos, na arregimentação dos companheiros e ‘parceiros’ para que tudo saísse a seu gosto?

Parece que já não há mais força-tarefa disponível para a festa que, até então, era nossa maior dádiva, deixada por quem deu sua vida por ela. Alguém simplesmente chegou um dia e decretou que nossos parâmetros seriam outros.

Que a difusão de nossa cidade não seria mais por manter vivas e latentes as manifestações de nossas origens, para que não nos esqueçamos de quem somos, para que nosso povo matenha sua identidade, sua cultura, invoque suas raízes.

Bem ou mal, ao longo dos anos sempre tivemos dirigentes políticos que, mesmo sem condições de atinar para a profundidade daquilo que há 45 anos acontece em Olímpia, mesmo sem valorar cada veste, cada gesto, cada fita pendente de um chapéu ou viola, não se postavam como entraves à sua realização.

Houve até aqueles dirigentes políticos que visivelmente não gostavam da festa. Outros propugnaram mudanças, tirando um símbolo daqui, outro dali. Mas o nosso Fefol sempre acontecia. E sempre foi grande, seja em qual acepção se preferir olhá-lo.

O que me parece, ao receber informações de que o pré-lançamento do evento atraiu não mais que 20 gatos pingados, e ninguém – repito, ninguém! – do Governo Municipal se fez representar, é que há uma total apatia em torno do acontecimento, um interesse, talvez, de torná-lo menor, sob o manto do resgate.

Esse o temor que me assalta. Voltando a tempos idos, como querem seus organizadores, vai fazer com que o evento simplorize-se em dimensão e até em significado, já que deverá se tornar algo para aficcionados, estudiosos, intelectuais, e só! Em suma – e com o perdão da heresia, professor – um ‘gueto’.

Nada de barulho, nada de muito investimento, nada de muita correria atrás de verbas, haja vista que o fato é menor, o interesse é menor, menos pessoas quererão ver, e assim menor o espaço para massagear egos de políticos demagogos, que precisam do que atraia público fácil para ‘lavar’ sua imagem.

Cultura? O que é cultura? Conhecimento? O que é conhecimento? Estas searas não são as melhores, infelizmente, para políticos de carteirinha. O povão não gosta disso. Gosta de festa de peão, de shows sertanejos e outras manifestações menos, digamos, engrandecedoras de mentes e almas.

É sabido que há um grande número de pessoas trabalhando ‘em silêncio’ para que a festa não seja um fiasco completo. Mas é sabido, também, haver um outro grupo, não muito pequeno, que está dando bananas para o Fefol. Saia do jeito que sair.

Porque como teria dito a seus próximos o prefeito da cidade, “deixa que eu me desgaste com a festa do peão, o Folclore fica para os outros”. Se tal declaração não serve para embasar em definitivo as intenções atuais e futuras deste Governo Municipal, pelo menos deixa transparecer a exata medida da sua estatura humana.