Amigos do blog, sei que os estou impondo a tempos mais alongados de ‘jejum’ de pensamentos novos neste espaço, mas são as circunstâncias que me tem obrigado a isso. Muita correria, muito pouca coisa positiva para lhes contar, já que meu temor é ser ‘carimbado’ por vocês como um eterno pessimista praguejador.

Mas, sempre que me é possível, corro para cá para um ‘dedo de prosa’. Como agora, quando nos deparamos com a mais intrigante das revelações, que muitos, apesar dos avisos deste blog, resistiram em acreditar. Mas que talvez agora não tenham mais dúvidas.

A verdade é que, como num teatro do absurdo, num filme nonsense, vemos nobres figuras políticas praticando a arte de plagiarem seus antes algozes. A história, assim, se repetindo como farsa (já disse isso num dos meus primeiros posts – e só fez crescer até a revelação fatal).

Percebe-se que ainda há uma nesga de esperança naqueles que, até mesmo com o propósito de renegar este blog e as idéias nele postadas, diziam que “não, daqui pra frente, tudo vai ser diferente”, como na canção do velho Rei – aliás já com cinquentão de carreira!

Hoje, e a cada dia mais, revelam-se aos olhos públicos as manhas e artimanhas de um grupo político que, parece, não assumiram nenhum compromisso com o que é público (do povo), a res-pública, com a decência, a boa conduta, ou mesmo, e mais simplesmente, com a responsabilidade no trato do dinheiro público.

Sim, porque um Governo, seja ele de que nível hierárquico for, não pode simplesmente ser entendido e praticado como se fosse uma confraria de adoração ao Real, assim uma ação entre amigos, dentro da qual – e só dentro dela, cabe repartir o ‘pão’ sempre que possível.

E mais a faceta totalitária e ditatorial agora revelada, transforma tudo em um espetáculo dantesco. Um quase estado de expropriação a penalizar os menos aquinhoados pela sorte financeira e política – porque estes últimos ainda conseguem se incrustrar nas hostes palacianas e acabam bafejados pelas benesses.

Esta estória já foi antecipada, lá atrás. Quem quis acreditar, acreditou. Quem não quis, não acreditou. Houve até aqueles que se insurgiram com as posições independentes deste blog, encaminhando para cá comentários mal-educados, tanto quanto mal escritos. E há os crédulos. Sempre os há.

Neste entretanto em que cairam as máscaras dos antípodas do bem, espera-se que caiam por terra, também, as resistências daqueles que, mesmo acreditando no que vê, ouve e lê, ainda mantém no íntimo de suas almas, uma leve brisa de esperança de que tudo seja apenas um pesadelo. Embora um terrível pesadelo.