Amigos do blog, não se espantem, o que lerão abaixo é tão somente uma constatação de quem vê o futebol um pouco à distância. Mas que se julga bom observador e analista de certas verdades. Portanto, vejamos:

Não faltaram manifestações de dúvidas, comentários maldosos e até piadas. Descrédito de muitos e até uma certa ponta de inveja da torcida adversária – como nosotros santistas. Mas, aos poucos, ele foi mostrando sua importância dentro e fora de campo.

E quem negar, hoje, que o atacante Ronaldo foi a alma pura e cristalina do Corinthians, fazendo-o alcançar as vitórias que alcançou até aqui, estaria, no mínimo, sendo injusto. Não há como não reconhecer em Ronaldo a mola-mestra do time do Parque São Jorge que, no mínimo, perdeu o ‘complexo de vira-latas’ que o consumia.

E assim, pela terceira vez na história, o Corinthians é campeão da Copa do Brasil. A equipe jogou bem – lembremos que Ronaldo não, e ainda perdeu dois gols cara a cara com o goleiro – e empatou na noite de ontem, quarta-feira, a decisão contra o Internacional, por 2 a 2 no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

E como não poderia deixar de ser, o atacante Ronaldo foi um dos mais felizes na conquista do Corinthians. Foi a segunda taça do atleta na temporada – levou o Paulistão. O Fenômeno contou que não esperava tanto sucesso e que o carinho oferecido pelos torcedores em sua recuperação foi fantástico.

Sem dúvida. Só que a torcida corintiana, imediatista como é, queria um Ronaldo ‘matador’, verdadeira fábrica de gols e, pasmem!, amigos do blog, muitas críticas chegaram a se ouvir pelo fato do Fenômeno não estar fazendo gols. Nos bastidores, até já se especulava sobre o tempo que permaneceria no time.

Mas a torcida corintiana não pode se esquecer, nunca, da impoprtância física de Ronaldo em campo. Tanto que, a crítica reconhece, o time é um com Ronaldo, e outro sem ele. O atacante em campo muda toda a configuração da equipe e eleva a alto-estima dos demais jogadores, reparem nisso!

E mais: o Corinthians não teria chegado aonde chegou sem Ronaldo. O ‘complexo de vira-latas’ do time não iria deixar. Sem Ronaldo, o Santos- meu time – seria hoje o Campeão Paulista. Sem Ronaldo, o ‘bando de loucos’ não estaria comemorando a Copa do Brasil, não estaria na sexta posição no Brasileiro.

A história do time seria outra, a esta altura. E digo mais: os gols – poucos, é verdade – que Ronaldo fez nos jogos do coringão foram de fundamental importância. Tipo aqueles gols que vieram na hora certa, no tempo certo e conforme a necessidade do momento. Se não, quem os faria? Pense num nome. Quem?

O Corinthians teve duas conquistas em uma só na noite ontem. Além de se sagrar tricampeão da Copa do Brasil, o time ainda garantiu vaga na Copa Libertadores de 2010, ano do centenário do clube. Voltar à competição continental, a qual não disputava desde 2006, era o principal objetivo corintiano em 2009.

Daqui para frente, no Brasileiro e até mesmo na Libertadores ano que vem, vai tudo depender de uma só figura: Ronaldo. Foi um golpe de mestre da diretoria ter trazido o craque para suas hostes. Um golpe muito maior do que ela mesma imaginava.

A diretoria queria, também ela, um ‘matador’, um ‘solucionador’ de problemas com a torcida, que já estava ‘por aqui’ com as incontinências futebolísticas da equipe. Contratou Ronaldo. Atirou no que viu – o super-atleta-ídolo – e acertou no que não viu: na alma corintiana. Que hoje está lavadíssima.

O futuro? Este a Deus pertence. Ou a São Jorge. Ou será São Ronaldo?

PS: Antes que alguém venha com insinuações de toda espécie, este blog, como este blogueiro de quarteirão, continuam santistas, com muita honra! Passar bem!