...Entra Salata (aqui, conversando com o colega Primo Gerolim)

Amigos do blog, já não é segredo para ninguém que Salata é o mais novo vereador com assento na nossa Egrégia Câmara. Como também não o é que Beto Puttini, titular da cadeira ocupada por Salata é o mais novo secretário municipal, na pasta da Cultura, Esportes, Turismo e Lazer.

A versão oficial é que Puttini queria “ardentemente” ocupar a pasta, para a qual se sente bastante preparado; e que Salata é o ocupante da cadeira por pura contingência do pleito eleitoral, já que ficou na primeira suplência da coligação que elegeu Geninho. Esta a versão oficial. Esta, talvez, a “verdade não-perceptível”.

Mas, leigos e bem postos na seara política tem torcido os narizes quando ouvem tais justificativas. Leigos e bem postos na seara política veem a situação com outros olhos. Veem com os olhos da “verdade sub-reptícia”. Aquela que, nas rodas, como já disse antes, acaba prevalecendo.

E o que diz esta “verdade das rodas”? Mais ou menos o seguinte: Geninho precisava de alguém que “bata forte” na Casa de Leis. Alguém bom de dialética, mestre no discurso, expert na tática do convencimento. Quiseram os desígnios políticos que este alguém fosse…Salata.

Muito bem, com licença Primo Gerolim que o buraco agora é mais embaixo. Gerolim é (era, a esta altura?) lider do prefeito na Câmara. Mas o vereador do Democratas padece do que se pode chamar de “limitações éticas”. O que, para a visão do político essencialista, é um defeito imperdoável. Embora do ponto de vista extra-político seja, na verdade, uma virtude. Uma grande virtude.

Pois bem. Em sendo assim, e sabedor de que o mar não está para peixe na Casa de Leis, o prefeito prefere dotar sua bancada de um reforço. E Salata, sabemos, político na acepção do termo que é, deste mal não se queixa, já que a “limitação ética” ganha uma conceituação diferenciada diante do seu ‘modus operandi’.

Há pedras no caminho? Que se encontre a fórmula para removê-las. Pedra bruta, lapidada, cheia de limbo, limpa, cristalizada? Não importa. A fórmula sempre há de ser encontrada. Aí as “limitações éticas” perdem-se no escaninho das necessidades políticas de momento. E assim, talvez, muda-se a correlação de forças.

Não é segredo para ninguém, também, que Geninho tem quatro dos dez vereadores em sua bancada – além dos dois citados, o terceiro é Lelé, e o quarto, por interesses de ocasião, Bertoco. Minoria, portanto. Insuficiente para aprovar o que quer que seja. Muito menos projetos polêmicos e mal explicados.

Mas, uma pedra é uma pedra, é uma pedra, é uma pedra! E elas existem para serem removidas!, hão de pensar os políticos que veem em todos os fins, justificativas para os meios. Geninho e Salata pensam iguais. São iguais. Aliás, muito iguais.

Por isso que, nas rodas, uns e outros já se perguntam, temendo o futuro: “Os iguais não se repelem?”