Amigos, peço desculpas por tanto tempo sem dar o ar da graça. Meu sistema de internet está com “pau”. Desde sexta-feira estou incomunicável. Eu e muita gente. Acho até que logo, logo, vai dar uma pane geral e o país vai parar. A Telefônica não está dando conta da demanda. Vai ser um caos.

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Mas, vamos ao que interessa. Se o amigo já se dava por “satisfeito” com o “ajuste” na taxa de lixo em 128.57%, e com o respectivo impacto no valor final do IPTU, bem como também estava satisfeito com o aumento na taxa de iluminação pública – da ordem de 25%, e ainda com a tentativa de reajustar em mais 16.6% a taxa de incêndio (está na Câmara, e aí edis?), vem aí mais um aumento.

Agora, nosso alcaide mete a mão no bolso do contribuinte por meio da tarifa de água. E não será um aumento qualquer. Num dos casos levantados, é coisa à base de 35% ou mais. Portanto, mais uma vez a saga altista do prefeito Geninho Zuliani se manifesta.

A questão é a seguinte: Não é segredo para ninguém que o prefeito está seguindo a máxima maquiaveliana de fazer todo (ai, ai, ai, ui, ui!, mas vá lá!) o mal de uma vez, e depois o bem aos poucos, para que o povo esqueça um e só se lembre do outro ao final. Ninguém é tolo o suficiente para não perceber isso.

Agora, será que todo mundo vai ser tolo o suficiente para assimilar esta máxima, dando razão aos “iluminados” que cercam nosso alcaide? Afinal, há uma outra máxima que diz mais ou menos assim: “É possivel enganar algumas pessoas durante algum tempo; é possivel enganar muitas pessoas, durante muito tempo; mas não se pode enganar todas as pessoas durante todo o tempo” (não me lembro quem é o autor).

Talvez esteja aí o contraponto ao maquiavelismo tentado por Zuliani. Porque buscar refúgio nas teorias do velho príncipe acaba por se revelar uma enganação político-administrativa ao povo que o elegeu e àquele que sequer por um minuto acreditou em suas promessas de um “novo mundo” para Olímpia.

O cidadão que ora está sendo concitado a pagar valores escorchantes pelos impostos e taxas deve ser aquele mesmo que, quando for o momento oportuno, ser capaz de dar a resposta na mesma altura, com a mesma desfaçatez e pouco caso com que está sendo tratado agora.

Se não, estaremos dando razão a tantos quanto imaginam que, uma vez no poder, podem tudo, já que o povo é mera massa de manobra, pode ser moldado ao bel-prazer de seu mandatário. E, acima de tudo, pode ser enganado, apunhalado pelas costas….que depois esquece tudo…