Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: janeiro 2009 (Página 3 de 3)

Dez anos sem Sant´anna – Pela preservação do paradigma

Beleza natural e espontânea: Isso é Folclore

Beleza natural e espontânea: Isso é Folclore

Amigos, na tarde de ontem, participamos de uma entrevista concedida pelo diretor de Cultura do Município, Vivaldo Mendes Alves, à Rádio Menina AM, quando, entre outros temas, tratou-se, ainda que rapidamente, de uma possível “adaptação” ao Festival do Folclore, de espetáculos (que o “mestre” odiava a palavras ‘show’ agregada ao avento) musicais.

É idéia do provável secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, vereador Beto Puttini (PTB), intercalar espetáculos musicais ao evento maior de Olímpia, espetáculos estes que, desconfiamos, seriam compostos, basicamente, por duplas sertanejas e grupos ou cantores de axé, pagode e outros menores.

O problema não está nos espetáculos – desde que afastados do Fefol, eis que seus objetivos são bem outros – mas, sim, na forma como eles estariam sendo planejados: para acontecerem após apresentações de grupos no recinto.

É claro que Vivaldo Mendes falou por hipótese, por suposição, mas não vemos outra maneira de isso ser realizado não sendo da forma como especulou o diretor de Cultura. Porque de outra maneira, então, o evento musical estaria fora do contexto do Festival, e aí sem problemas.

Mas querer, por exemplo, que a festa maior de Olímpia “termine” a cada noite, ou por uma das noites que seja, para em seguida “começar” outro evento, no mesmo local e expulsando os presentes para que voltem e paguem ingressos, é o mais disparatado dos absurdos.

repetimos que Vivaldo Mendes falou por hipótese mas, repetimos, também, que não há outra forma imaginável de se fazer isso incorporado ao Fefol, como quer Puttini, não sendo desta forma. E repetimos, ainda, que qualquer outra forma estaria fora do contexto do Festival e, aí, não haveria problema.

Porque é preciso respeitar sempre a memória do professor e seu legado, preservar seus objetivos e difundí-los, e não quebrar, assim tão acintosamente, em nome de interesses imediatistas e até mesquinhos, paradigmas. Se há paradigmas, é porque houve trabalho, dedicação, construção passo-a-passo se toda uma estrutura que se tornou regra.

Não concordamos que paradigmas existem para serem quebrados, embora sabendo que no mais das vezes são frágeis. Mas podem se tornar fortes e indestrutíveis, quanto mais fortes e bem intencionados forem os homens que detêm (velha ortografia?) seu destino.

Agora, os nomes da Câmara

Vista parcial do plenário e Galeria da Câmara

Vista parcial do plenário e Galeria da Câmara

Hoje pela manhã, finalmente foi divulgada a lista de comissionados da Câmara Municipal de Olímpia, constando os dez nomes que irão compor o “staff” Legislativo. Dos dez nomeados anteriormente pelo ex-presidente Francisco Ruiz (PRP), somente um – Ricardo Arruda, permanece naquela Casa de Leis.

Os demais foram substituídos, como é praxe nestas ocasiões, por nomes escolhidos pelos atuais mandatários ou pelos integrantes da coalizão partidária. São nomes, em sua maioria, que precisam ser observados na lida, no dia-a-dia Legislativo, para depois se saber se foram ou não acertadas as escolhas.

Mas, de antemão já vai uma crítica: a nomeação para a área de Imprensa de quem não é do meio. Ricardo Arruda é assessor do primeiro secretário José Elias Morais (PMDB), vem da gestão passada e agora vai para a Assessoria de Imprensa, por uma quetão de acomodação, porque Morais tem outro assessor, Luiz Fernando Gisoldi Júnior, lotado no cargo oficial de assessor da 1ª secretaria.

Nada temos a opor quanto à nomeação de Arruda, até porque conhecemos seu trabalho. Mas, já que não é para ser levada a sério, a denominação do cargo deveria ser pelo menos mudada. Talvez “assessoria de relações públicas” que, por ser um termo vago e genérico, pode, assim, acomodar prefeitamente os interesses dos senhores edis.

Não sendo assim, a imprensa é que passa por poucas e boas quando quer informações do Legislativo. Outro nome a ser observado é o de Fernando Roberto da Silva, que vem a ser “braço direito” do presidente Hilário Juliano Ruiz de Oliveira (PT), mesmo no Sindicatro dos Bancários, do qual é presidente da subsede local. Ele será o chefe de Gabinete.

JURIDICO
Na Assessoria Jurídica, pode-se quase garantir que o trio responsável é de alta qualidade: Gilson David Siqueira, Ricardo Perroni (Pepas) e Luiz Gustavo Martin Lomba. O primeiro e o segundo vêm de já terem atuado no âmbito Legislativo, e o terceiro, no Administrativo.

Três ex-funcionários comissionados da prefeitura municipal agora são funcionários comissionados da Câmara: Elmo Eduardo Pereira, Carlos Eduardo Laraia Branco e Marta Reali Smolari. O primeiro foi assessor na área de Tributos, o segundo presidente da Comissão Permanente de Licitação e a terceira, secretária de Gabinete do prefeito Carneiro.

Dos três, o trabalho mais visível foi o de Laraia Branco (o Nenê Laraia), por sua característica de exatamente ser uma ação transparente. Os outros dois faziam trabalho de caráter interno. Há ainda outro nomeado, André Luiz Brocanelo, como assessor da vice-presidência (Toto Ferezin-PMDB). Nenê também é cota de Ferezin, e Pereira, indicação de João Magalhães (PMDB). Marta Smolari, será assesora da 2ª secretária da Mesa, Guegué (PRB).

‘MISTÉRIO’ SOLUCIONADO
No blog postado ainda antes do Ano Novo, quando falávamos do futuro “staff” de Zuliani, aventamos a hipótese – que aliás era informação de fonte segura sem que ninguém confirmasse no Governo Municipal – da vinda do “braço direito” do prefeito Itamar Borges, de Santa Fé do Sul, para Olímpia, de mala e cuia, a convite do prefeito Eugênio José Geninho Zuliani (DEM).

Depois de muitas idas e vindas, muitas inquirições junto à assessoria do prefeito, a vinda foi confirmada e o “mistério” desfeito. Alessandro Augusto Oliveira dos Santos terá sim o cargo de assessor da Secretaria de Administração e Finanças, trabalhando ao lado do secretário Cleber Cizoto.

OUTRA
Contrariando insinuações que circularam nos últimos dias após a manutenção do engenheiro Gilberto Tonelli Cunha no cargo de secretário de Obras e Serviços Urbanos, não há nada de partidário na aceitação da nomeação feita pelo atual governo. “Foi uma decisão pessoal, individual e não de partido”, nos disse uma alta fonte. “O PMDB não está no Governo Geninho Zuliani”, reforçou. Pois é.

Tudo consumado, a hora é de trabalho!

O Poder deve ser um bloco pelo bem comum

O Poder deve ser um bloco pelo bem comum

Amigos, chegamos, finalmente, em 2009. E chegamos, ato contínuo, ao tão propalado, sonhado e buscado há decênios “novos tempos” para a cidade? Se confiarmos inteiramente nas promessas do prefeito Eugênio Geninho José Zuliani (DEM), sim. Se tivermos a Câmara Municipal e sua atual formação como parâmetro, a resposta também é afirmativa.

Porém, o que não podemos esquecer é que esta plêiade político-partidária que ora assume o poder em Olímpia, é formada por homens (enquanto gênero, já que felizmente – novos tempos? – temos agora uma mulher no Legislativo). E homens são sempre passíveis de erros, atiudes e decisões dúbias, más intenções, quando agindo por si só, além da inerente idiossincrasia, quando talvez agindo também em grupo.

O que não se espera, de forma alguma, é que daqui algum tempo, sejamos forçados a reconhecer, por exemplo, uma Câmara melhor que o Governo, por quais razões que sejam. Espera-se uma Câmara sim, melhor que todas as demais vistas até agora. Mas, por uma questão de equilíbrio de forças, que ela nunca esteja acima do Poder Executivo porque, se assim o for, é que então a cidade estará mergulhada no desgoverno.

Roga-se um Governo forte, consistente, decisivo e “decididor” quando o momento o exigir. Espera-se o fim dos discursos ufanistas, das estrepolias de campanha e das promessas vãs. A disputa eleitoral acabou há meses e um governo não se sustenta alicerçado no discurso.

Talvez seja desnecessário tais aconselhamentos, por se tratar o prefeito olimpiense, de um ente político na essência, seja isso bom para uma cidade ou não. Assim, é sabedor de que um alicerce administrativo carece de uma fundação bem mais profunda e sólida, que a de um alicerce político-eleitoral. Este se sustenta na superficialidade, já que é temporário, transitório e efêmero.

Basta agora o prefeito Geninho saber o que quer de fato: cravar seu nome na história político-administrativa olimpiense, ou apenas ser mais um a ocupar a cadeira de mandatário. Fazer da prefeitura municipal um “trampolim” para as suas aspirações maiores, que todos sabemos ele as tem, ou manter-se preso às promessas feitas à quisa de projetos de Governo, e aos compromissos assumidos como questão de honra, e assim dar um direcionamento desenvolvimentista a essa urbe, tão carente de tudo, basicamente de seres pensantes, que a reivente.

E à Câmara Municipal cabe o papel de dar sustentação político-administrativa a tudo isso. Cabe ao Legislativo ser o divisor de águas e o farol a manter às claras todas as ações e intenções do Governo que se inicia. Não deve ser esta Câmara – e com certeza não o será -, uma Câmara mesquinha, vingativa, rancorosa e revanchista, até porque não há motivos aparentes para tanto.

Todos ali estão imbuidos das melhores idéias e intenções possíveis, e dispostos a colaborar sempre que forem chamados à responsabilidade. Mas, também não deve esperar o prefeito que suas vontades e caprichos encontrarão no Legislativo apenas um chancelador, um “carimbador maluco” como temos visto até então.

E isso não será fazer oposição mas, sim, tomar uma posição: a da defesa dos interesses maiores, que são exatamente aqueles para os quais todos foram eleitos – o do povo.

E não vão valer – e para isso o amigo fique atento – aqueles discursos inflamados que políticos genéticos tão bem sabem elaborar e jogar ao público, de que isso e aquilo não pôde ser feito “por intransigência do Legislativo” ou coisa que o valha.

Até porque, sendo o farol a trazer à luz todos os fatos, atos e intenções executivos, a Câmara Municipal estará apenas cuimprindo com mais uma de suas principais funções, agora a de ser a eterna vigilante a não cerrar os olhos diante da menor bruma da improbidade ou de qualquer outra leve suspeita de que se estaria tentando tirar o trem da honestidade e da probidade dos trilhos.

Portanto, tudo consumado, poderes constituídos, a hora agora é de trabalho! Muito trabalho! Então vamos a ele, todos de mãos dadas. O Horizonte do progresso é logo ali!

Feliz 2009 para todos nós! E que Deus, na sua infinita bondade, nos proteja e nos dê a graça!

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