Amigos, dei uma “copidescada” básica no blog do ex-ministro Zé Dirceu, do PT, num breve texto onde ele ressalta a questão econômica contida no Fórum Social Mundial (onde temos nosso Zéblog), que acontece em Belém-PA.

O FSM, como muitos devem saber, ocorre sempre em contraposição ao Fórum Econômico Mundial (reparem que ambos acontecem sempre no mesmo período), que está se desenrolando em Davos, na Suiça. Mas, enquanto lá eles discutem a economia do mundo, enquanto lá se concentram os grandes líderes, os muito ricos mundialmente, por aqui, no FSM, ficam seus opostos.

Lá a economia, o frio metal é a pauta dominante. Aqui, são as consequências do modelo econômico vigente que ditam a pauta dos trabalhos. Aqui estão os “pobres”, os preocupados com o meio-ambiente, com as mazelas sociais, com as diferenças e quetais. No fim, relatórios são elaborados e cada um, como manda suas razões, seguem seus caminhos.

Mas, leiam abaixo o texto do amigo Zé Dirceu, com base em posições do empresário e responsável pelo evento, Oded Grajew.


Há anos FSM alerta para modelo econômico em crise

Bem lembrada, e muito procedente essa observação do empresário Oded Grajew, um dos idealizadores do Fórum Social Mundial (FSM) e presidente do Instituto Ethos, de que as edições anteriores do evento já alertavam para os problemas do modelo econômico que levaram à atual crise financeira internacional.

Nossos aplausos, portanto, a essas considerações do empresário. Em Belém, na cidade sede do FSM 2009, em entrevista coletiva – coberta, conforme leio, pela Agência Brasil – Grajew também rebateu as críticas de que o evento é espaço apenas de reclamação, e não de propostas e soluções.

Apesar das alternativas apresentadas, explicou o empresário, elas não tiveram repercussão entre responsáveis por políticas públicas, nem entre os investidores mundiais. Outra crítica bastante contundente de Grajew é quanto à falta de visibilidade e a cobertura da mídia, que busca “folclorizar” o FSM.

O empresário ainda botou o dedo em outra ferida ao comentar que os recursos, agora repassados para socorrer empresas e bancos em crise, seriam “mais que suficientes” para o combate à fome e à pobreza.

“Diziam que os recursos eram limitados. Agora na crise, de repente, apareceram trilhões de dólares para socorrer montadoras, bancos e empresas falidas e que poderiam ter sido usados para combater a pobreza, melhorar saúde e a educação”, criticou Grajew.