Começa hoje na capital paraense a nona edição do Fórum Social Mundial, com a presença estimada de 60 mil pessoas de todo o País, além de 30 mil estrangeiros. Durante os cinco dias do evento, estão previstas 2,4 mil atividades, incluindo debates sobre temas como meio ambiente, aquecimento global, crise econômica, miséria e exclusão nos países pobres, além da devastação da Amazônia.

Uma marcha pelas ruas e avenidas marcará a abertura do fórum, hoje. Começa às 14 horas e percorrerá cinco quilômetros, do cais do porto, no centro da cidade, até a Praça do Operário, no bairro de São Braz.

Os índios terão posição de destaque nessa marcha. Ao todo, cerca de 2 mil indígenas do Brasil e de outros países da região amazônica deverão participar do evento e, na Tenda dos Povos Indígenas, na Universidade Federal do Pará, discutirão temas como a demarcação de terras, projetos econômicos que afetam as suas comunidades e preservação ambiental.

Dentre as atividades previstas para amanhã está a discussão de propostas para elaborar um plano global de metas para a região amazônica. A iniciativa é do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (RJ).

Gays, lésbicas e transformistas também discutirão propostas para combater o preconceito e a violência. Um casamento comunitário entre gays e lésbicas está previsto na pauta. Naturalistas da Europa e da América Latina aproveitarão o evento para realizar uma caminhada nudista pela cidade.

Ou seja, como se diz na giria moderna, o FSM vai “causar” em Belém do Pará, com tanta diversidade de temas e acontecimentos. Fiquem atentos porque temos gente lá – nosso Zéblog – para nos passar os bastidores e as impressões de cada momento do evento, importantíssimo para o país e parte do mundo.