Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: dezembro 2008 (Página 3 de 3)

Não ouvi, e não ligo a mínima!

Amigos vieram me contar que o locutor-chapa branca da Difusora, Leonardo Concon, andou falando cousas e lousas contra este blog, por causa dos comentários aqui postados, retratando a nossa realidade de momento, nesta antesala do futuro sistema de poder.

Parece que também o prefeito eleito andou falando para este mesmo locutor chapa-branca cousas e lousas deste blog, por causa destes mesmos comentários aqui postados. Teria ele classificado como “dor-de-cotovelo” as considerações aqui feitas. Santa ingenuidade! Ou melhor seria dizer quanta meninice!?

Imaginar que fico às vezes usando muito do tempo que poderia estar descansando redigindo textos com o maior dos cuidados possíveis para trazer aos caros amigos os detalhes que se escondem por trás dos fatos, e depois o que aqui publico ser chamado de “dor-de-cotovelo”, é de doer!

Mostra a pequenez com que na verdade se pretende governar esta cidade. Mostra a sordidez com que na verdade se pretende lidar com pessoas livres, pensamentos livres, opiniões sem amarras. Quando bastava ao futuro alcaide ou a qualquer um de seu séquito de esperançosos-futuros-comissionados simplesmente esclarecer, por nota ou comentário, o que aqui é dito.

Não seria mais trabalhoso que “disparar” e-mails com material de interesse do futuro alcaide, como costumeiramente alguém de seu séquito de esperanços-futuros-comissionados faz. Ao invés disso, o futuro prefeito parece preferir o caminho do confronto, da contestação pura e simples, do xingamento, à medida das velhas figuras que passaram por nosso cenário, as quais Zuliani disse ter vindo para varrer do imaginário popular.

Mas, ao contrário, o perigo que todos estamos correndo é o de vermos se perpetuar no que se diz novo, as velhas manhas e manias, os velhos cacoetes e macetes, em síntese, a velha e carcomida política de currutela. De botas e chibatas, só que, desta vez, emoldurada por um discurso e uma casca rejuvenescidos. Nada mais.

Começando assim, começa mal, muito mal, nosso alcaide. O problema é que a flácida engenharia político-administrativa que parece estarem absorvendo do passado, e que deverá ser a pedra-de-toque desta troupe que ora chega ao poder, pode se repetir como farsa. E aí é que mora o (grande) perigo.

Agora, sim!

Amigos, acredito que todos vocês tenham lido post lá atrás, bem lá atrás (se não, busquem o post de 11 de novembro passado), quando disse que o prefeito eleito Geninho Zuliani só poderia botar a boca no trombone sobre a implantação de um Governo de Transição ou não, quando ele, efetivamente, buscasse oficializar o pedido junto ao Executivo.

Pois bem, vocês sabem que ele acabou fazendo isso, depois de muito reclamar, mandar recados via emissora de rádio e jornais e falar “com funcionários” da prefeitura. Aguardou por alguns dias e agora, finalmente, teve a resposta, também oficial, do alcaide: Não, não vai haver transição.

Aí ele procurou a imprensa dele- porque ele só fala para a rádio que “alugou” durante a campanha – e se queixou da não-aceitação de instalação de um Goveno de Transição pelo atual prefeito. Agora sim, ele tem razão de reclamar e botar a boca no trombone.

Porque fez tudo como manda o figurino e não foi atendido. Portanto, agora pode falar o que quiser, sempre terá razão.

O texto da Veja, na íntegra e algumas considerações

Amigos, segue abaixo o texto na íntegra da matéria veiculada na edição desta semana da revista Veja, onde o futuro prefeito de Olímpia recebeu certo destaque, porém enevoado pelas colocações fora de hora e propósito dele. Leiam o texto, e depois avaliem aquilo que já comentei no post de ontem à tarde. O foco de cada um dos ouvidos pela reportagem presente ao local do evento. Só o de Zuliani mostrou-se pequeno, pessoal e mesquinho. Se não, leiam o texto (enviado, aliás, por e-mail pelo próprio Geninho Zuliani a este que vos escreve) e reflitam.

Quase 60% dos prefeitos que assumirão o comando das cidades brasileiras em janeiro do próximo ano são marinheiros de primeira viagem. Conduzirão o destino de seu município com pouca ou nenhuma experiência em administração pública. Num bom punhado das cidades, os eleitos não têm sequer o ensino médio completo, caso de 22% dos prefeitos que encerram seu mandato. Entre os calouros da política está Julio Lossio, do PMDB, que governará a pernambucana Petrolina, com 270 000 habitantes e uma das economias mais pujantes do sertão nordestino. Oftalmologista renomado, o futuro prefeito nunca havia sido testado fora do consultório e dos hospitais da região até vencer nas urnas. Sobram-lhe idéias para incentivar o desenvolvimento de sua cidade – e dúvidas se será capaz de implementá-las. “Não sei o que vou encontrar na prefeitura. Estou na situação de quem ganhou um carro novo, mas não sabe como ligá-lo”, compara.

Um seminário realizado há duas semanas, em Campos do Jordão, no interior de São Paulo, procurou fornecer uma direção a Lossio e a outros dezesseis prefeitos eleitos em outubro. Eles tiveram aulas de gestão, segurança pública, educação, negociação política e liderança em um curso organizado pelo Centro de Liderança Pública, uma entidade sem fins lucrativos mantida por empresas como Gerdau, Itaú e Suzano. Entre seus professores, estavam administradores públicos tarimbados, como o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e empresários de sucesso, como Abilio Diniz, do grupo Pão de Açúcar. Primeiro palestrante, Diniz falou de sua experiência no comando de uma grande corporação e chamou atenção para as características e práticas dos líderes bem-sucedidos. Instado pelos prefeitos, o empresário deu dicas de como lidar com as pressões cotidianas. Aconselhou-os, por exemplo, a reservar o início de suas manhãs para refletir sobre as decisões que tomarão durante o dia.

A aula do ex-promotor e ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça Alexandre de Moraes sobre como evitar processos do Ministério Público deveria se estender por duas horas. Durou o dobro. Os eleitos se mostraram interessadíssimos em saber o que fazer para não acabar nas barras dos tribunais, por conta de seus atos administrativos. Patricia Tavares, da Fundação Getulio Vargas e do Ibmec, tratou de negociações políticas. Seu curso serviu para que Eugênio Zuliani, eleito pelo DEM na paulista Olímpia, desistisse de fazer concessões para obter maioria absoluta na Câmara dos Vereadores: “Vim para cá pensando que, quando assumisse o cargo, iria dar um jeito de trazer mais um vereador para minha base, para ter dois terços da Câmara. Mas percebi que, agora, não preciso dele”. Depois da aula, Zuliani decidiu isolar o tal vereador e esperar para ganhar seu apoio sem precisar lhe ceder nada em troca.

Os prefeitos ouviram o vice-governador Anastasia defender a criação de mecanismos para premiar os funcionários mais bem preparados e mais empenhados. “Gente nós temos, mas precisamos qualificar e motivar o pessoal”, diz o democrata Leandro Duarte, da pernambucana Santa Maria da Boa Vista. Um dos mais experientes do grupo, Duarte já exerceu dois mandatos de prefeito, mas conta que aprendeu várias lições durante o encontro. “Nunca pude refletir e discutir administração pública como fiz agora”, afirma. Os prefeitos aproveitaram a oportunidade para trocar experiências e aprender uns com os outros. “Vim em busca de ferramentas de gestão municipal”, diz o petista Jairo Jorge, de Canoas, no Rio Grande do Sul. O tucano Ricardo Ramos, de Ouricuri, em Pernambuco, pretende copiar o projeto de educação fundamental em tempo integral implantado na alagoana Arapiraca por seu colega Luciano Barbosa, do PMDB. O seminário de Campos do Jordão foi a primeira iniciativa desse tipo realizada no país. A recepção dos prefeitos animou seu organizador, o cientista político Luiz Felipe D’Avila, a programar uma segunda edição do encontro já para o início de 2009. Desta vez, para tratar de um único tema: Educação fundamental.

Geninho lá, Geninho cá

Circulou na cidade hoje, reportagem publicada na revista Veja, onde o prefeito eleito Geninho Zuliani aparece em destaque, juntamente com outros dois prefeitos, dos 17 presentes em um seminário acontecido em Campos do Jordão no começo do mês passado (na foto ele, de camisa branca, ao lado de Abilio Diniz). Mas, enquanto os outros dois prefeitos destacados deram declarações positivistas e tendo em conta a preocupação de administrar bem para seu povo, Zuliani prefetiu espetar a Câmara Municipal e seus vereadores eleitos e reeleitos.

Novamente – a exemplo do que havia dito logo após sua eleição ao Diário da Região, de Rio Preto -, ele voltou a afirmar ter seis vereadores em sua base de sustentação na Casa de Leis. E como o seminário lhe “ensinou” a não negociar na base da barganha, disse que já nem ia mais atrás do sétimo vereador, para garantir os dois terços. Que iria isolá-lo.

Declaração feita no início de novembro, antes, portanto, da concretização da coalizão partidária, unindo PMDB, PT, PRB e PSB, que, tudo indica, irá assumir a Câmara a partir de 1º de janeiro – salvo suspresas de última hora. De qualquer forma, por duas vezes Zuliani colocou os integrantes do futuro Legislativo debaixo dos braços, ignorando as vontades, os desejos e a linha de pensamento de cada um deles.

Ou seja, colocou-se acima da capacidade de decisão de cada edil eleito ou reeleito, como que se os arrastasse por um cabresto. Tem-se que o prefeito eleito, ou quis, nas duas ocasiões, criar factóides políticos visando desestabilizar os eleitos pelas duas outras coligações, ou tinha informações seguras de bastidores que a coisa já estava “arranjada”.

Seja uma, seja outra situação, vê-se agora que ambas as estratégias revelaram-se um tiro no pé do futuro alcaide. Que errou ao buscar o factóide, se factóide o era, ou errou ao anunciar o “arranjo”, se “arranjado” de fato estava. Os experts no assunto dizem que na seara política, no mais das vezes, o silêncio é ouro puro.

Silêncio, aliás, que vem sendo praticado à exaustão onde não cabe. A nomeação do “staff” zulianista anda a passos de tartaruga e sob uma nuvem densa de não-informação. Até agora, só uma secretaria tem titular, e três assessorias. Nada mais. O prefeito eleito disse que até o dia 15, segunda-feira que vem, todos serão anunciados.

Oxalá isso de fato aconteça, porque assim acabará o desassossego que vem tomando conta da comunidade olimpiense, e cada dia que passa aumentando mais. Pois fica sempre no ar a dúvida: será que está dificil encontrar profissionais à altura?; será que não há profissionais dispostos a trabalhar numa administração Zuliani? Será que há de fato um vazio de nomes em seu redor?

Será, por fim, que Zuliani não teve a menor preocupação, quando se lançou candidato, de olhar atentamente para os que o cercava, já imaginando uma então possível vitória? Ou para ele, primeiro a vitória, depois o resto? Dificil imaginar que ele, tão escolado na política, tão largamente assessorado como foi por figurões, não tenha parado por um minuto para, em algum momento, informar-se a este respeito.

Ou para ele tanto fazia como tanto fez? De qualquer modo, cabe a ele, agora, encontrar respostas para estas indagações. Respostas que talvez estejam aguardando por ele junto a alguns correligionários, gente de peso em sua campanha, que deu a cara a tapa, e que tem orientações a dar, experiências a repartir, mas que não conseguem, simplesmente, falar com o eleito.

Pois é. Parece que teremos um Geninho para consumo externo, outro para consumo interno. Um lá, outro cá. Lá fora o factóide, cá dentro a realidade. Resta saber em qual dos dois universos ele melhor se sairá.

Escondendo a noticia

Amigos, impressiona ver o tamanho da falta de honestidade demonstrada por dois veículos de comunicação da cidade para com seus leitores. “Folha da Região” e “Gazeta Regional” deram neste sábado o mais esclarecedor exemplo do anti-jornalismo.

O primeiro, talvez movido por razões passionais ou pessoais, sequer deu uma nota sobre a coalizão partidária formada na cidade esta semana, visando, entre outras propostas, o equilíbrio político entre os poderes, tão salutar quanto necessário.

Mas, a editoria do jornal parece não ter tido o menor interesse em pelo menos buscar as razões mais recôndidas nesta junção partidária, o que seria o mais natural, já que em seu editorial manifestou a fúria típica dos inconformados, manteve a postura de quem não sabe e não quer saber se é bom, se é verdadeiro ou não.

Enfim, fez um jornalismo tacanho, tosco, raivoso, embora vazio de propósito e crítica – ao mesmo tempo em que esculacha com as coisas que diz imutáveis na cidade repete, ele mesmo, igual discurso de antanho, até com as mesmas palavras, quando mais fácil seria buscar a luz onde ela se faz: na fonte.

Já o segundo periódico se furtou de falar mais abertamente sobre a coalizão, tentou escondê-la numa coluna de notas políticas, tão mal escrita quanto mal editada. Revelou pouca vontade de noticiar o fato. Como seu concorrente dos sábados, optou por ignorar o que não lhe convém.

Que o Gazeta Regional tem lá suas preferências não é segredo para ninguém. É um jornal francamente alinhado com o grupo que vai assumir o poder executivo a partir do ano que vem. Por isso toda semana o destaque são os factóides do futuro prefeito. De maneira bastante generosa, tais factóides encontram naquelas páginas total e integral guarida.

E o resto não é noticia. Não é informação. Lembrar esta gente que existem manuais de boa conduta jornalística espalhados por aí não é necessário. Eles sabem de cor e salteado. As maquinações jornalísticas são urdidas e forjadas no próprio bojo de suas redações.

E não vale dizer que os outros dois semanários – Tablóide da Nova Paulista e Planeta News – deram a informação por tais e quais ligações. Seria pueril demais. Até porque, pelo menos o Planeta trouxe esta e demais informações, inclusive sobre o secretariado de Zuliani. Aliás, sobre a secretária de Educação, porque até agora só ela deu o ar da graça.

Outras três nomeações dadas em destaque pelos periódicos do sábado, não têm o condão de primeiro escalão, portanto, estas sim, não tinham necessidade de generosos espaços. Mas, valeram mais as indicações para uma assessoria jurídica, coordenadoria do Fefol e assessoria de Gabinete que a formação de uma coalizão política unindo quatro partidos e seis vereadores, num Legislativo de dez edis.

Onde está o fato político? O fato jornalístico? Ainda que se publicasse com reservas, em tom crítico e questionador, a publicação deveria ter acontecido em maior escala. Exatamente pelo peso natural do acontecimento. Que mexe com toda estrutura política dos anos futuros.

E mexe também com a estruturação do próprio governo Geninho Zuliani que, todos sabem, se tivesse também a Câmara na mão teria um formato, e sem ela, terá outro. Com ela na mão, a população olimpiense estaria a mercê de uma administração totalitária e absoluta. Sem ela, terá uma administração sob eterna vigilância. E aí pode pelo menos dormir sossegada.

Portanto, caros amigos, é perfeitamente compreensível o comportamento dos dois periódicos. A Folha não gosta de ver, na política local, pedra sobre pedra, tem ojeriza às coisas bem costuradas, porque não pode tergiversar, servir-se da sua própria jactância e das idiossincrasias de políticos dúbios para formatar suas manchetes.

O Gazeta Regional serve a um senhor, na esperança de que este o venha servir depois. E, portanto, mais vale um factóide insosso, que falar de uma segunda força política, que vem trazer o equilíbrio no jogo de poder local, mudando todas as peças num tabuleiro em que seu amo e senhor parecia tê-las todas nas mãos.

Democracia na essência, será desta vez?

Vejam, só amigos, a boa noticia da semana que, embora já propagada pelos meios de comunicação, é sempre bom reforçar o alarde, porque trata-se de acontecimento extremamente positivo do ponto de vista político na cidade.

Pode trazer bons resultados para a nossa urbe, ajudar na administração Geninho Zuliani. Era esta, talvez, a derradeira atitude que algum grupo político poderia tomar em Olímpia, visando o bem estar coletivo.

Queremos crer que se tratam de pessoas diferentes de outros tempos, quando uma coalizão foi tentada, e deu no que deu. Desta feita espera-se que as vaidades e interesses pessoais sejam sufocados por um objetivo maior, qual seja, o de resgatar, de fato, a imagem de seriedade e respeito perdida pela nossa Câmara Municipal ao longo dos últimos anos.

Para entenderem melhor, leiam abaixo texto detalhando o fato a que me refiro.

Uma coalizão formada por PT, PMDB, PRB e PSB, somando as forças de seis vereadores eleitos e reeleitos para a Câmara Municipal de Olímpia, assumirá os destinos daquela Casa de Leis, inicialmente, pelos próximos dois anos, mas com projeto de ocupar as quatro cadeiras à Mesa Diretora pelos quatro anos vindouros. A presidência será exercida pelo petista Hilário Juliano Ruiz de Oliveira, o primeiro representante do partido a ser eleito para o Legislativo na história política de Olímpia.

A noticia foi trazida a público na tarde da última quarta-feira, 3, em entrevistas concedidas às emissoras de rádio locais. Fazem parte desta coalizão os vereadores Toto Ferezin, que será o vice-presidente, José Elias de Morais, que será o 1º secretário, ambos do PMDB; Priscila Seno Foresti, a Guegué (PRB), que será a 2ª secretária, e ainda João Magalhães (PMDB) e Gustavo Zanette (PSB), que poderão integrar a Mesa após os primeiros dois anos.

Após o anúncio da concretização da união dos quatro partidos políticos, foi agendada e realizada, na tarde da quarta-feira mesmo, uma reunião com o prefeito eleito Geninho Zuliani (DEM), quando foram expostos a ele os planos e propostas da coalizão para a Casa de Leis e, principalmente, tranqüilizando-o quanto à postura a ser adotada na Câmara que, garantiram, será de total harmonia com o Poder Executivo.

“É um bloco bastante consistente em termos de partidos políticos, com grande representatividade junto ao Governo do Estado e, acima de tudo, uma grande representatividade junto ao Governo Federal”.

Palavras do futuro presidente da Câmara, Hilário Oliveira, referindo-se aos partidos que integram a coalizão, e os que assumirão o Executivo – DEM e PSDB.

“Com estes dois poderes juntos, temos a certeza que, de forma harmônica, faremos uma Olímpia bem melhor”, completou.

“Estamos restaurando, a partir de hoje, uma melhor Democracia, que já era para estar em prática há muito tempo em Olímpia”.

Reforça o futuro vice-presidente da Câmara, Rodnei Freu Ferezin, o Toto Ferezin (PMDB).

“Conversei com os dez vereadores, e cheguei à conclusão que esta coalizão de que hoje já faço parte, é o melhor para Olímpia”, complementou. “O que for bom para a população, o (futuro) prefeito pode ficar tranqüilo, que o objetivo é Olímpia”.

Sobre o fato de ser o vereador mais votado no pleito de 5 de outubro (2.135 votos) e ainda assim não exigir a presidência da Casa, Toto disse ser em razão do seu desprendimento frente ao poder.

“Com certeza fui desprendido, porque sou vereador do povo, quem me colocou lá foi o povo. Achei melhor assim. Pensei: ‘Porquê não o Hilário?’. Ele me passou total confiança”, ressaltou.

Os vereadores integrantes da coalizão enfatizaram todo o tempo que a união dos quatro partidos não se caracterizará como grupo político, mas, sim, como coalizão, principalmente, pelo que o termo encerra, ou seja, na essência, “acordo político ou de pessoas para um fim comum”.

“A idéia da coalizão é resgatarmos a imagem e o poder político da Câmara, o Hilário tem todo o perfil para isso, e todos aqui querem isso”.

Quem diz o que está encima e embaixo é o vereador João Magalhães (PMDB).

“A coalizão não tem chave, está aberta para somar esforços, para que os demais vereadores possam se integrar”.

O dito acima foi em função da pergunta se também esta coalizão iria “trancar a porta e jogar a chave fora”, conforme visto em fato político de passado recente.

“Quem sabe amanhã os outros quatro passem a concordar com a proposta da coalizão, por ser o melhor para a cidade. Por isso não se formou a coalizão e fechou portas. Até porque a Mesa Diretora irá representar os dez vereadores”.

Que assim seja!

Premonição?

Amigos, só para registrar, leiam meu post do dia 3 de novembro passado, analisando o quadro político relativo à Câmara Municipal, quando cobro postura firme dos vereadores eleitos pelas coligações adversárias do prefeito eleito Geninho Zuliani. Parece premonição. Ou então leram antes o blog, e seguiram à risca o que nele estava escrito. Vá aos arquivos aí ao lado e clique no post “A Câmara”.

Também da mesma forma se dá com relação ao secretariado do futuro prefeito. Falei aqui sobre a necessidade do anúncio de nomes, ainda que a conta-gotas, para desvanecer a idéia que se criatalizava, de um vazio político em torno do futuro alcaide. Isso começou a ser feito com o anúncio de dois nomes esta semana – Eliana Bertoncelo Monteiro, para a Educação, e Edilson De Nadai, para a Procuradoria Municipal. Vamos esperar a próxima semana. Leiam o posto sobre o assunto, datado de 28 de novembro, intitulado “Qual será o problema?”.

Esperar para ver

O post de hoje cedo, sobre a possivel extinção da reeleição para todos os cargos eletivos no país, além de uma salutar medida a ser tomada pelos congressistas, caso de fato eles venham a ser tomados por arrufos de moralidade e decência, nos fez, depois, refletir sobre uma possibilidade já aventada aqui dias atrás: a de Geninho Zuliani vir a se candidatar a deputado estadual, deixando a prefeitura em dois anos.

Porque, neste caso, criaria-se uma situação nova, para a qual, talvez, o futuro prefeito não estivesse preparado, ou atento a ela. Porque se de fato a medida for aprovada até abril do ano que vem, como pretende o deputado autor do relatório, o futuro prefeito Geninho Zuliani só teria os próximos quatro anos para gozar do poder na cidade.

Como se sabe, a proposta prevê o fim da reeleição, com o aumento para cinco anos de mandato em todos os cargos – desde vereador até presidente da República -, mas para vigir somente a partir de 2010. Ou seja, quem se elegeu este ano fica só os quatro anos previstos, sem direito a mais um ou à reeleição. A nova regra só valeria, então, no município, para os eleitos em 2012.

 Já entenderam? Não? É simples. Sabendo que ficará no cargo somente por quatro anos sem o direito à reeleição, e com o cavalo passando arriado à sua frente rumo ao Legislativo Paulista, Zuliani mais que depressa poderá tomar as rédeas nas mãos e tentar conseguir a cadeira. Afinal, é preferível perder dois anos de poder municipal, passar o cargo a seu vice (que também não poderá ser candidato à reeleição), do que ficar fora da esfera de poder por dois ou quatro anos, entre 2013/2016.

Mas, concorrendo, e chegando lá, seu mandato então se estenderia por até 2015, dentro da lei a ser aprovada, de cinco anos de mandato. Ou seja, cargo e poder por sete anos, ao invés de apenas quatro. Esta é mais uma – e forte – motivação que pode levar Zuliani a se decidir, se já não o fez de tempos, a saltar sobre o cavalo encilhado. Aguardemos.

Fim da reeleição: O que o amigo acha disso?

Amigos, está em curso no Congresso uma movimentação visando acabar com o instituto da reeleição. Transcrevo abaixo texto extraído do blog do petista Zé Dirceu, opondo-se à idéia, do próprio PT. O parecer será votado hoje, e a Comissão de Constituição e Justiça quer cinco anos para todos os cargos legislativos e executivos. Em compensação, nenhum deles poderá se candidatar novamente, em seguida ao seu mandato.

De minha parte – salvo os cinco anos, para quê, poderiam ser os mesmos quatro anos! – sou amplamente e indiscutivelmente favorável ao fim da reeleição. O Zé Dirceu é contra, conforme poderão ler abaixo. E vocês, o que acham? Opinem.

Pelas mãos de um deputado do PT, seu ex-líder e ex-presidente da Câmara dos deputados, João Paulo Cunha, volta à discussão na Comissão de Constituição e Justiça, um parecer que será votado na quarta-feira, segundo o presidente dessa comissão, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que trata do fim da reeleição, com mandatos de cinco anos para presidente, senador e deputado, governador, prefeito, deputado estadual e vereador, segundo se pode deduzir da proposta.

Trata-se de um grave erro, não há nada que justifique o fim da reeleição, nem mesmo sua mácula de nascimento, o casuísmo para permitir a continuidade de FHC como presidente e as denúncias de compra de votos para a aprovação da emenda, denúncias com provas, que jamais foram examinadas pelo legislativo ou pelo judiciário e nem receberam do Ministério Público a prioridade que mereciam; isso apesar da publicidade dada na época ao rumoroso caso em determinados órgãos de imprensa.

Os argumentos contra a reeleição são, no mínimo, pueris: uso da máquina do governo, continuísmo de grupos políticos ou oligarquias, quando sabemos que esses problemas também existiam antes e continuarão a existir sem reeleição, que precisam ser combatidos com melhorias na legislação e na fiscalização das eleições, com uma reforma política que consolide a fidelidade partidária, o financiamento público e o voto em lista. Aprove o fim dos suplentes de senador, a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais.

O Brasil não precisa do fim da reeleição, uma das poucas mudanças institucionais que deram certo nos últimos anos, não há nenhum argumento de peso que justifique tal medida, só o modismo. O pior da proposta é que ao propor prorrogação de mandatos, traz à tona de novo o factóide do terceiro mandato e do, aí sim, risco de continuísmo, espúrio e inconstitucional. A prorrogação de mandato é uma medida que jamais terá apoio na sociedade e só serve para desgastar o poder legislativo. Isso sem falar no risco que o fim da reeleição permite de um acordo Serra-Aécio para 2010 e 2014, abrindo a possibilidade de uma chapa Serra-Aécio. Realmente, não dá para entender porque o PT insiste nessa tese.

Afinal, os primeiros nomes!

Bem, amigos que perdem tempo lendo este blog. Aí embaixo foi postada uma resposta de quem se assina “anônimo”, dizendo que os nomes a serem anunciados pelo prefeito eleito Geninho para compor seu secretariado irão surprender a todos, até mesmo aqueles próximos do futuro prefeito. Aliás, até mesmo àqueles que forem indicados.

Quanto a este último presságio não acredito, até porque ninguém pode ser nomeado sem o prévio consentimento. Mas, surpresa no que diz respeito aos nomes para aqueles não diretamente ligados ao grupo político do futuro prefeito Geninho Zuliani, até pode ser.

E o que se espera, sempre, é que a surpresa seja pela excelência e nunca pela excrescência. Por exemplo, o anúncio programado para quarta-feira, para a Secretaria Municipal de Educação, foi antecipado para esta segunda-feira – quer dizer, pelo menos o nome “vazou” e foi confirmado depois pela própria secretária já escolhida, professora-diretora de escola Eliana Bertoncelo Monteiro.

Da rede estadual de Ensino, Eliana tem currículo de diretora e educadora bem avaliado em todas as escolas por onde passou, tem bom trânsito junto ao professorado – e isso é fundamental para o bom desempenho da função – e seu nome, ao que parece, foi recebido com assomo de respeito e reverência pelas pessoas com quem este que vos escreve teve contato, inclusive gente da área da Educação. Um (muito) bom sinal.

E parece até que o futuro prefeito e seus assessores mais diletos começam a seguir à risca o que foi sugerido aqui neste espaço na semana passada (ver post de sexta-feira, 28). Naquela conversa sugerimos ao futuro alcaide que deixasse “vazar” algum nome ou nomes, a serem confirmados em seguida, para que não perdurasse a sensação de vazio político precoce em redor do futuro Governo.

Importante para o cidadão saber quem está com o prefeito, até para que ele forme juizo de valor sobre o que pode vir pela frente. Aquela indecisão, aquela falta de nomes – e até por causa de alguns aventados por especulação – a aflição era grande. Os formadores de opinião já estavam torcendo o nariz, fazendo muxoxo quando o assunto era o novo Governo.

Mas, ainda bem que um conceito emitido por este blog veio a se configurar nesta segunda-feira, ou seja, um nome “vazou”, todos correram para confirmar e era verdade. Imediatamente, um segundo nome “vazou”, procurou-se a confirmação e soube-se que, sim, houve o convite, mas ainda não foi aceito – no caso, Amaury Hernandes, secretário de Trânsito de Edinho Araújo, em Rio Preto, que até 31 de dezembro não pode dar a resposta porque pode ser convidado a ficar por Valdomiro Lopes, futuro prefeito.

Se não, conforme suas próprias palavras, virá, sim, para Olímpia, ser o secretário de Obras de Zuliani. Hernandes é homem ligado ao PSDB, bem próximo de Aloysio Nunes Ferreira, secretário da Casa Civil de Serra, e idem do presidente da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima. Por enquanto, dois nomes “vazados”. Um convite e um aceite, e um convite e um tempo de espera. Mas, já não há tanto vazio em torno do futuro Governo.

Os nomes começam a surgir. Tanto melhor para todos nós. Mas vamos ver quando e até em que medida, serão surpresas e surpreendentes, como preconiza o “Anônimo”.

Página 3 de 3

Blog do Orlando Costa: .